O justo
repúdio de imensas camadas da população ao
governo Temer (mais de 80% de desaprovação nas
pesquisas) tem servido ao PT e aos aparatos sob seu controle direto
nos movimentos sociais como CUT, UNE (feudo dos aliados do PCdoB) e
MST (e outros sob controle indireto como MTST) para convocar seguidas
manifestações pelo “Fora Temer”, contando com uma
importante adesão popular e mesmo espontânea. Em textos
anteriores já tivemos ocasião de expor o quanto o
governo Temer tem de continuidade em relação ao próprio
PT e o quanto é impróprio chamar o atual processo em
curso de “golpe”, bem como os limites da palavra de ordem do
“Fora Temer”, portanto não nos estenderemos aqui sobre
isso (remetemos o leitor interessado ao texto seguinte:
http://politicapqp.blogspot.com.br/2016/06/agora-e-golpe-ou-luta-de-classes-como.html).
O que
buscaremos aqui é assinalar um outro limite do movimento “Fora
Temer”, não derivado do oportunismo e dos interesses
meramente eleitorais do PT, mas das insuficiências dos seus
aderentes não assumidamente petistas. Desde o início
das manifestações contra o “golpe” em 2015 e ao
longo de 2016 uma ampla camada da população tem aderido
aos atos convocados pelo PT, não por serem petistas ou
endossarem os governos Lula e Dilma em 100%, mas por preocupação
com a ofensiva reacionária. Uma espécie de “neo
ativismo” foi habilmente cultivado pelos marketeiros petistas em
redes sociais da internet, uma subesfera da opinião pública
em que a polarização “petralhas x coxinhas” assumiu
colorações de ódio futebolístico. Esse
neo ativismo é composto por pessoas que compartilham postagens
contra o “golpe” e pelo “Fora Temer”, e até vão
às manifestações aos domingos ou fora de horário
comercial. Mas essas pessoas não fazem greve no seu local de
trabalho.
Pra que
time você torce?
É
curioso que nem sequer se perceba a incoerência gritante dessas
duas posturas contraditórias (manifestar-se contra um suposto
“golpe de estado” mas ser incapaz de fazer sequer uma greve no
seu local de trabalho). Nos interrogaremos mais sobre essa
contradição logo adiante. Antes queremos ressaltar que
a incoerência é a marca distintiva da pós
modernidade. A fugacidade, o imediatismo e a superficialidade são
outras características dominantes no senso comum em vigor.
Memes aleatórios viralizam nas redes sociais e logo depois
caem na obscuridade do esquecimento sem terem alterado nada na
realidade. Frases, posturas e gestos vão e vêm como
estilos de moda ou sucessos das bandas mais populares. Nessa mesma
toada, de repente, devido ao perfil extraordinariamente odioso do
governo Temer, o “Fora Temer” viralizou. Os neo ativistas
experimentam o glamour de participar do seu próprio movimento
“Diretas Já” em pleno 2016. Chiquérrimo! A luta de
classes entrou na moda? Ou foi a história que virou fetiche?
Tirem
suas próprias conclusões. Aqui, mais uma vez, alertamos
para o fato de que não vamos nos estender sobre as diferenças
entre o momento atual e a ditadura de 1964-1985 (sobre isso, ver o
mesmo texto citado acima). Queremos apenas enfatizar a nossa posição
de que não se pode terceirizar a luta política, ou
experimentar o ativismo por procuração, a manifestação
como ato de torcer para um time. A luta de classes real ainda é
feita por pessoas de carne e osso, que se colocam contra o capital e
paralizam a produção e circulação de
mercadorias, a reprodução ampliada do valor. Portanto,
de nada adianta compartilhar postagens contra o “golpe” e pelo
“Fora Temer”, e ir em manifestações aos domingos ou
fora de horário comercial, mas não fazer greve no seu
local de trabalho. É bastante peculiar e característico
do momento histórico atual a necessidade de ter que dar essa
triste notícia aos amigos do “team PT”: memes não
vão derrubar Temer.
Para
quem tentar defender o neo ativismo virtual ressaltando a importância
de disputar as redes sociais e essas novas formas de comunicação,
etc., adianto que nosso objetivo aqui não é reciclar o
clichê do “real x virtual”, “material x imaterial”,
etc. Estamos entre aqueles que, estando participando de alguma
modalidade de militância “material” e de “carne e osso”,
somos os mais entusiastas defensores do uso de redes sociais da
internet, panfletagem virtual, memes, virais, etc., como recurso de
disputa. Não se trata portanto de uma negação
jurássica do uso dessas ferramentas, mas de uma qualificação
do seu uso. Meios de comunicação não podem
substituir o conteúdo a ser comunicado. O conteúdo tem
que ser alguma ação real, material, corpo a corpo. Essa
é a única matéria capaz de dar alguma vida real
e significado ao uso dessas ferramentas de comunicação.
Por quê
não há greve geral?
Dito
isso, voltemos ao problema que realmente nos preocupa, o
comportamento de compartilhar postagens contra o “golpe” e pelo
“Fora Temer”, e ir em manifestações aos domingos ou
fora de horário comercial, mas não fazer greve no seu
local de trabalho. O fato de que esse comportamento seja considerado
aceitável ou normal é bastante significativo em termos
do quanto se perderam os parâmetros básicos do que é
a luta de classes. Vamos então passar ao be a bá da
greve geral, para tentar colocar as coisas nos devidos lugares, com o
máximo de didatismo possível.
A greve
não se faz sozinho, não é um ato de opinião.
É um ato coletivo de enfrentamento entre patrão e
trabalhador. No Brasil o direito de greve está regulamentado
em lei, e para cumprir o devido rito legal, os trabalhadores em greve
devem estar representados por um sindicato devidamente legalizado,
que deve apresentar uma pauta, notificar a patronal, realizar uma
assembleia, etc., para só então entrar em greve. Pois
bem, quem dirige a maior quantidade de sindicatos no Brasil e os
sindicatos que representam as categorias mais importantes e
estratégicas? A CUT, aparato controlado pelo PT. Segundo os
seus próprios números, a CUT possui 3.438 entidades
filiadas, com 7.464.846 sócios e 22.034.145 trabalhadores
representados.
Então
por quê os sindicatos controlados pela CUT não fazem uma
greve geral para derrubar o governo Temer? Não é o
mínimo que se pode esperar no enfrentamento de um governo
“golpista”? Não se trata de uma “nova ditadura” contra
a qual é preciso reivindicar “diretas já”? Como se
derrota uma “ditadura golpista”? Será que uma greve das
principais categorias profissionais não ajuda? Será que
com todo esse aparato e toda essa base social a CUT não
poderia iniciar uma greve geral para dar uma ajudinha ao PT? Para não
ficar apenas no neo ativismo de redes sociais e passeatas aos
domingos e fora do horário comercial? Será que a CUT
não quer fazer uma greve geral? Ou não consegue fazer?
Ou na verdade, as duas coisas?
O caso
do sindicato dos bancários
Para
responder a essas questões vamos passar em revista alguns
exemplos do que é o sindicalismo da CUT. Vamos nos precisar
nos estender um pouco neste e nos próximos pontos numa análise
didática da situação em que se encontra o
sindicalismo no Brasil, para ajudar a explicar a impotência da
CUT e do PT em desencadear uma greve geral. Vamos tomar como estudo
de caso uma das joias da coroa do sindicalismo brasileiro, o
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(SEEB-SP), um dos pilares da CUT, um dos mais poderosos do país
em termos de número de filiados, arrecadação
financeira, poder político, etc. Existem mais de 120 mil
bancários na base representada por esse sindicato, dos quais
aproximadamente a metade é associada. Vejamos um pouco mais de
perto como funciona este sindicato, pois isso será útil
para entender o que é o sindicalismo da CUT/PT e porque ele
não irá convocar uma greve geral contra o governo
“golpista”.
Para
começar, além de ser um sindicato, o SEEB-SP se
transformou numa espécie de conglomerado empresarial. Além
da arrecadação das mensalidades dos sócios, o
sindicato acabou ao longo dos anos desenvolvendo outras “fontes de
renda”:
a)
Bancoop, cooperativa habitacional, que arrecadou mensalidades de
bancários cooperados, mas até hoje só construiu
um conjunto de prédios. Milhares de bancários brigam na
justiça por terem pago e não terem recebido seus
prédios. O caso virou um escândalo policial há
alguns anos (ver por exemplo
http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/lava-jato-mira-vaccari-bancoop-e-oas).
b)
Bancredi, cooperativa de crédito, que faz empréstimos
para bancários endividados. Isso representa no mínimo
um sério conflito de interesses, pois a função
do sindicato de lutar por salários maiores para os
trabalhadores entra em conflito com a função da
cooperativa de oferecer empréstimos para bancários
endividados.
c)
Bangraf, gráfica dos bancários, com parque gráfico
equivalente ao de um jornal de grande circulação,
responsável pela impressão dos materiais do PT e da CUT
do país inteiro, e de outras entidades e empresas que pagarem
seus serviços.
d)
Faculdade 28 de Agosto, criada depois do acúmulo de uma longa
experiência em cursos de matemática financeira e afins
(o que é de se estranhar deveras, já que caberia muito
mais a um sindicato oferecer cursos sobre a história da luta e
da organização dos trabalhadores do que colaborar na
formação da mão de obra para o patrão).
e)
“Fundação Sociedade Comunicação Cultura
e Trabalho”, em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, responsável pela TVT, Rede Brasil Atual e Revista do
Brasil.
f)
Projeto Travessia, ONG que atua no “mercado” da assistência
social.
Representantes
dos trabalhadores ou empresários?
Além
de ter transformado o SEEB-SP num conglomerado empresarial, o grupo
dirigente petista no sindicato também usou essa inserção
para converter os seus integrantes e demais “companheiros” da CUT
diretamente em empresários. Essa migração se deu
por meio dos fundos de pensão dos funcionários das
estatais, como Previ, Funcef, Petros, etc. Essas entidades recebem
contribuições dos funcionários do Banco do
Brasil, Caixa Econômica, Petrobrás, etc. com o objetivo
de complementar a aposentadoria desses trabalhadores, para que se
retirem com o mesmo salário da ativa. Pois bem os fundos de
pensão acumulam fortunas bilionárias, e se tornaram
agentes fundamentais do mercado de capitais no Brasil. Usam os
recursos acumulados nas contribuições para investir em
ações. Na época das privatizações
do governo FHC, os fundos de pensão foram usados para formar
consórcios e adquirir ações de centenas de
empresas, como Vale do Rio Doce, Embraer, o sistema Telebrás,
etc.
A gestão
dos fundos é composta por representantes indicados pelas
empresas patrocinadoras (Banco do Brasil, Caixa Econômica,
Petrobrás, etc.) e também por representantes eleitos
pelos funcionários. Como direção sindical
nacional da categoria bancária, o grupo dirigente do SEEB-SP
contou com o aparato nacional da CUT para fazer campanha e eleger
seus integrantes como representantes dos funcionários do BB e
da CEF nos fundos de pensão Previ e Funcef. Até
recentemente, através dos representantes eleitos, os
“sindicalistas” da CUT mandavam nos fundos de pensão das
estatais, e através deles, tinham participação
na gestão das empresas das quais os fundos são
acionistas. Participavam dos conselhos de administração
de dezenas de empresas os “sindicalistas” profissionais de
confiança do grupo dirigentre do SEEB-SP.
Dessa
forma, o grupo dirigente do PT e da CUT criou vínculos
orgânicos com setores da burguesia brasileira. O PT controlava
não apenas a gestão do Estado através do governo
federal, mas também a gestão de importantes negócios
através dos fundos de pensão. Esses “sindicalistas”
não apenas deixaram de ser representantes dos trabalhadores
para serem patrões, mas pensam e agem como patrões. Na
crise de 2009, quando a Embraer demitiu cerca de 4.000 metalúrgicos,
os representantes da Previ votaram a favor da demissão.
Representantes dos trabalhadores no conselho de administração
das empresas votando contra outros trabalhadores!
Como não
fazer uma campanha salarial
O
sindicalismo bancário foi a porta de entrada para a
transformação dos burocratas da CUT/PT em empresários.
Com todas essas atividades, a participação na gestão
do capitalismo brasileiro e a administração do
“conglomerado empresarial” de entidades anexas, a direção
do SEEB-SP deixa muito em segundo plano a organização
das campanhas salariais da categoria bancária. A maior parte
da base representada (os mais de 80% que trabalham em bancos privados
e sequer fazem greve sob ameaça de demissão) enxerga o
sindicato mais como “clube de convênios” do que como
organização de luta. Isso porque os cerca de 100
diretores sindicais liberados não percorrem os locais de
trabalho, não fazem reuniões, não apoiam os
trabalhadores nos seus enfrentamentos cotidianos, etc. Quando chega o
momento da campanha sindical, o sindicato monta uma pesquisa no site
com opções pré-selecionadas para definir os
principais itens da pauta. Não há reuniões por
local de trabalho, reuniões de representantes de base,
plenárias por banco e/ou por região, assembleias
preparatórias, paralisações parciais.
A pauta
definida pelo sindicato não contempla as principais
reivindicações da categoria (defesa do emprego contra
as demissões sistemáticas, contra as terceirizações
e precarizações por meio de correspondentes bancários,
contra as metas e o assédio moral sistemático como
método de gestão, contra o adoecimento físico e
psicológico, contra a sobrecarga de serviço, reposição
de perdas salariais acumuladas, isonomia, etc.). No momento da greve,
apenas uma minoria dos bancários (funcionários dos
bancos públicos) adere espontaneamente, pois nos bancos
privados as agências somente fecham caso algum dirigente
sindical, ativista dos bancos públicos ou piqueteiro pago
apareça com uma faixa. E ainda assim, as agências
contabilizadas como “fechadas” na verdade estão apenas
barrando a população em geral, pois os gerentes e
comissionados ficam no interior fazendo negócios com os
clientes de alta renda.
Os
bancários que aderem à greve o fazem não porque
acreditam nesse tipo de “luta”, mas porque querem ficar livres do
trabalho por alguns dias. São “grevistas de pijama”, que
aproveitam a greve para viajar, descansar, etc. Isso porque todos já
conhecem o roteiro reproduzido há mais de uma década
pela direção do sindicato. Depois dessa greve de
fachada, quando surge uma proposta de reajuste que a direção
considera suficiente para encerrar a greve, faz-se um acordo com a
direção dos bancos para mandar aqueles que não
aderiram à greve, os gerentes e comissionados que ficaram
fazendo negócios, para ir nas assembleias decisivas para votar
contra a greve. Aqueles que não aderiram à greve quando
ela foi deflagrada comparecem na assembleia para que ela seja
encerrada, com o apoio explícito da direção do
sindicato. A patronal intervem diretamente nas assembleias por meio
dos gestores para encerrar a greve. Os grevistas já conhecem
de cor o roteiro desse teatro e não se dão ao trabalho
de comparecer às assembleias, por isso os gestores ficam em
maioria. O teatro fica cada vez mais artificial e se torna cada vez
mais difícil convencê-los a participar no ano seguinte.
Outros
exemplos do sindicalismo petista
Quem
conhece algum bancário em greve (no momento em que este texto
é finalizado, os bancários estão em greve, desde
o dia 6 de setembro) e que frequenta as assembleias pode confirmar a
existência desse teatro. Esse exemplo das práticas do
sindicalismo bancário pode ser encontrado em outros
importantes sindicatos da CUT, como a Apeoesp (mais de 200 mil
representados, o maior sindicato do país em número de
representados), que há alguns anos decretou o fim de uma greve
com 70% da assembleia votando a favor da continuidade (a “presidenta”
do sindicato teve que sair do carro de som escoltada pela polícia).
Outro ícone da CUT, o Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, foi o verdadeiro autor da proposta de Acordo Coletivo Especial,
que permitirá que o negociado prevaleça sobre o
legislado. Ou seja, as empresas poderão negociar com os
sindicatos (esses “combativos” sindicatos da CUT...) acordos que
retiram dos trabalhadores direitos consagrados em lei como férias,
13º salário, descanso semanal remunerado, licença
maternidade, etc.
Bancários
de São Paulo, APEOESP, Metalúrgicos do ABC são
os três sindicatos mais poderosos do Brasil. Não são
pontos fora da curva ou exceções. São a regra, o
padrão e o modelo do sindicalismo cutista e petista. Os mais
de 3.000 mil sindicatos filiados à CUT seguem essas mesmas
práticas, em categorias menores, menos politizadas, mas
afastadas dos grandes centros do país. As demais centrais
sindicais do país, como Força (farsa) Sindical, CTB,
UGT, NCST, etc., aliadas ou não ao PT, reproduzem essas mesmas
práticas à risca, ou outras ainda piores. As únicas
centrais que ainda manifestam alguma combativdade (bem aquém
do necessário), Conlutas e Intersindical, são
extremamente minoritárias. Com o movimento sindical nessas
condições, como vamos poder falar em falar em greve
geral?
Estamos
todos no mesmo barco
Os
companheiros neo ativistas preocupados com a ofensiva reacionária
no país são sinceramente bem vindos na tentativa de
encontrar a resposta. Aqui falamos realmente sem ironia, pois ninguém
tem culpa de estar desinformado e não saber como a organização
dos trabalhadores foi degradada por décadas de direção
petista. É muito positivo que haja pessoas querendo se
manifestar, apoiando ideologicamente as bandeiras da esquerda. É
importante que conversem com seus colegas, parentes, vizinhos, sobre
o momento do país e a necessidade de lutar. É
importante que apoiem as categorias que fazem greves, os movimentos
que fazem manifestações, ocupam prédios,
fábricas, fazendas, fecham estradas e avenidas, etc. É
importante que debatam contra a repressão policial e a
difamação midiática. É importante que
divulguem informações verdadeiras.
Mas para
realmente fazermos diferença, é preciso que conversem
com o colega de trabalho ao lado. Como fazer uma greve na empresa?
Quem poderia aderir? Quem é o representante do sindicato? Ele
aparece no local de trabalho? Sabe o que está acontecendo? Já
chamou reuniões clandestinas fora do local de trabalho? Já
fez assembleias na sede do sindicato? Cursos de formação?
O que o sindicato da categoria faz realmente? Exerce algum tipo de
trabalho real de organização ou funciona mais como
cabide de emprego para os burocratas? É possível criar
um grupo de oposição e mudar a diretoria do sindicato?
Se não existe sindicato no ramo profissional ou foi
burocratizado, transformado em cabide de emprego, etc., de que outra
forma é possível se organizar? Existe associação,
coletivo, grupo, qualquer coisa? Qualquer outro tipo de movimento do
qual se possa participar? Como posso ajudar a mobilizar? Parar a
produção? Enfrentar de fato o capital? Quando uma parte
maior da população se colocar essas perguntas, podemos
realmente começar a conversar sobre greve geral.
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