29.5.07

PT, Mensalão, CPI, mídia, golpismo... Crônicas de uma tragédia anunciada





Em seu texto “A falência do governo Lulla e o fim do ciclo do PT na esquerda brasileira” este escriba esboçou uma caracterização histórica do governo Lulla do ponto de vista programático. A viagem iniciada em 1980, quando da fundação do PT, se completa em 2002, com a eleição de Lulla. O círculo foi concluído quando FHC, um dos possíveis companheiros de aventura em 1980, tornou-se o ponto de chegada da viagem em 2002. FHC entregou o país devastado, cabendo aos vencedores de 2002 fazer uma festa de fim de feira. Como os faxineiros que varrem os restos do desfile no chão da Sapucaí, depois que a Escola de Samba passou, dançando ainda ao som do mesmo enredo.

Se no plano da estrutura, tal análise pode ainda ser sustentada, é preciso agregar a ela os novos elementos que se manifestam no nível da conjuntura. Diante dos últimos acontecimentos, mais especificamente, os escândalos de corrupção, torna-se importante precisar a caracterização brevemente sumariada acima. O PT transformou-se completamente naquilo que combatia, encerrando objetivamente o seu ciclo histórico. Se já era um partido neoliberal, é agora também corrupto. O marco final da degeneração pode ser fixado na campanha eleitoral de 2002, quando se aceitaram o acordo do FMI e o apoio dos partidos tradicionais da burguesia.

Para governar com esse programa e esses partidos, só mesmo na base de “mensalão”. Isso está implícito nas regras do jogo. No Estado capitalista, a corrupção é o “modus operandi” por excelência da política. Na disputa pendular entre as máfias que assaltam o Estado burguês, a corrupção de uns eventualmente vem à tona, para uso de outros (que são tão corruptos quanto os primeiros), causando escândalo perante a opinião pública. Essa é a novidade na conjuntura, a chegada do escândalo às massas já exasperadas pela piora de suas condições de vida.

Esses são os momentos decisivos da política burguesa, quando as grandes manobras são feitas, em que um grupo consegue jogar o outro nas cordas, onde tentará mantê-lo até soar o gongo das próximas eleições. Nesses momentos decisivos, há grande excitação no ar. A “política” volta a estar na boca de todos. Os mercadores da notícia vivem seu apogeu, seus momentos de estrelato, desfrutam do status de celebridade do horário nobre. Como sempre, há mais verborragia do que substância. Os editoriais são nervosos, quase histéricos. Opiniões aos borbotões, gracejos e bravatas a granel, oferecem-se de graça ou por alguns vinténs. Sabichões, sicofantas e oportunistas de toda espécie saem de seus covis para bradar indignados o seu repertório de clichês.

Fala-se em “crise institucional” ou em “perda da governabilidade”, ou ainda em “ameaça à democracia”. A direita fala em quebra de decoro, a “esquerda” denuncia a “conspiração” e o “golpe”. Nas ruas, o que o povo diz, não sem uma boa dose de razão, é que “eles são todos iguais”. No entanto, como dizia o mestre, todos são iguais, mas “alguns são mais iguais que os outros”. O que nos traz a tarefa de tentar colocar as variáveis dessa duplipensada equação nos seus devidos lugares.

1. O plebeísmo de Lulla é a última trincheira das ilusões desesperadas.

Setores da “esquerda petista” e dos movimentos sociais (CUT, UNE, MST, CNBB, etc.) ensaiam uma última e desesperada defesa do governo. Sob o argumento de que a chegada do PT ao poder representa o resultado de um longo processo histórico de acúmulo de forças progressistas que é preciso preservar, fazem um chamamento genérico a todos os simpatizantes das causas da esquerda para cerrar fileiras em defesa do governo. Acusam a grande mídia de odiar Lulla por se tratar de um “homem do povo” e de conspirar para trazer de volta os tucanos.

O que essa “esquerda” esquece é que já não há mais qualquer diferença objetiva entre o PT e os tucanos. Não faz o menor sentido defender o governo Lulla ou o PT sob o pretexto de evitar “a volta da direita” ao poder. Lulla É a direita. O que conta aqui não é a origem mais ou menos popular, é a prática concreta. Não adianta rigorosamente nada evocar o histórico de lutas sindicais e as emoções que as imagens daquela época despertam. O que conta materialmente é o presente de traição, capitulação, rendição, submissão, conivência, omissão. Como dizia o sábio, é pelos frutos que se conhece a árvore. O governo Lulla manteve os juros altos e o serviço da dívida, aprofundou o superávit primário, realizou a reforma da previdência, cortou gastos sociais e estava prestes a deslanchar a reforma sindical. O que há nesse programa que possa ser defendido?

Essa “esquerda” compra o discurso da direita petista de que as mudanças não foram feitas porque era necessário ter “apoios” para governar. Mas porque as mudanças seriam feitas agora, que não há mais apoio parlamentar? Será porque o governo agora quer ter o povo a seu lado? E por que esse governo não apelou ao povo logo no início do mandato para governar com um programa de mudanças? Por que não dispensou logo no início as companhias que agora o embaraçam, cortando o mal pela raiz, quando ainda tinha o apoio e credibilidade junto ao povo?

Na próxima barganha de cargos, PT e PTB perderão cargos para o PMDB em troca de minutos de propaganda na campanha de reeleição. Ou seja, troca-se seis por meia dúzia, um lote de corruptos por outro. Como acreditar que, acuado pelas mesmas cobras que aninhou em seu seio, paralisado e sem iniciativa, o governo resolva, para se defender e ter de volta o povo a seu lado, romper subitamente com o modelo que vinha pondo em prática? É preciso uma grande dose de inocência, ou de cegueira, para acreditar nessa possibilidade, já que, diante da queda dos cardeais da camarilha petista, quem emerge fortalecido e “imaculado” é justamente Palocci, o homem forte da ortodoxia econômica. O pior cego é aquele que não quer ver.

Quando diz que “quem está contra Lulla está a favor da direita” ou do golpe, essa “esquerda” iludida contribui para simplificar e personalizar o debate em torno da pessoa de Lulla, deseducando o povo e evitando a questão crucial do modelo de recolonização neoliberal em vigor, que é o que verdadeiramente conta. O discurso gasto de “disputar o governo por dentro”, já desprovido de qualquer eficácia prática, pode ser substituído pelo apelo puramente moral da “defesa contra o golpe da direita”. E com isso, a “esquerda” do PT espera poder aplacar sua consciência. A defesa desesperada de Lulla fornece convenientemente a essa “esquerda” o álibi providencial para continuar aninhada sob o rabo da saia do governo e das direções chapa-branca dos movimentos sociais e para omitir-se naquilo que é materialmente decisivo, o combate frontal à política econômica.

Ser conseqüente e coerente no momento histórico atual significaria chamar as massas não para defender Lulla, mas para defender a si próprias, com uma verdadeira política de esquerda, atacando suas escolhas corruptas/neoliberais.

2. Os tucanos não querem o golpe.

Até o mais distraído torcedor da Gaviões da Fiel sabe que a Globo, a Folha de São Paulo, a Veja, etc., são o rolo compressor ideológico do projeto neoliberal de recolonização articulado politicamente pelos tucanos. Se no momento o projeto é tocado pelo PT, trata-se de uma medida preventiva destinada a evitar que as massas rejeitassem globalmente o sistema. Permite-se que um “opositor” pilote o leme apenas para que, atestada sua incompetência, os autores originais do projeto possam voltar devidamente legitimados.

Para atestar a incompetência de Lulla & Cia, o foco não pode ser a política econômica, já que nesse campo vemos a mesma receita sendo aplicada desde os tempos imemoriais da era FHC. A eleição de Lulla em 2002 teve um componente positivo de esperança na mudança que se imaginava que o PT representasse, mas teve também um inegável componente negativo de rejeição da política econômica de FHC. Essa receita é um fracasso clamoroso, suficiente para liquidar as chances eleitorais de qualquer governo. Mas a troca do PT de Lulla pelo PSDB não pode ser uma simples reversão do resultado de 2002. O foco deve ser político. A rejeição a Lulla somente dá um salto de qualidade com os escândalos de corrupção.

Os tucanos querem voltar ao poder sim, mas não por meio de um golpe. Nem mesmo o impeachment é cogitado pelos seguidores de FHC. Os tucanos precisam de uma esmagadora vitória eleitoral para voltar ao poder com respaldo suficiente para dar novo fôlego ao seu malfadado programa. Apostam decididamente no “quanto pior melhor”, mas para se oferecer como alternativa. Querem vender alguém com perfil gerencial e “neutro”, depois da overdose de voluntarismo que foi a era Lulla.

O neoliberalismo está fazendo água por todo o continente. Vira e mexe, derruba-se um presidente; vide os exemplos recentes de Argentina, Equador e Bolívia. Aos tucanos interessa a crise, mas não uma crise que possa se aproximar de uma situação de ruptura total, como a daqueles países. A dosagem ideal seria aquela suficiente para sangrar Lulla e erodir seu prestígio a ponto de impedir sua reeleição ou de qualquer outro candidato petista. Atacar no front da política, preservando a economia, será o ângulo da ofensiva tucana.

Mesmo porque, caso o governo consiga retomar alguma iniciativa administrativa antes do fim do mandato, esta será a continuidade programática da mesma agenda deletéria: reforma sindical, reforma universitária, reforma trabalhista, autonomia do Banco Central. De quem é esse programa, senão o dos próprios tucanos?

Os ataques que se faz a Lulla não dizem respeito à mudança que ele representa, que é absolutamente nula. Uma mudança verdadeira, que incorporasse as causas históricas do PT e da esquerda, isso sim causaria incômodo. Logo, a hostilidade a Lulla não se deve à suposição de que ele está “incomodando os poderosos”, mas ao fato de que ele está concorrendo com esses poderosos. A máquina burocrática do PT é só mais um concorrente na disputa pelas tetas do Estado, com ênfase em nichos tais como os fundos de pensão das estatais. É isso que está em disputa, é nessa lama que se enxovalham os velhos ideais.

3. Aquele torcedor da Gaviões da Fiel, que vez por outra divide com este escriba as arquibancadas do Pacaembu, costuma levar a campo um cartaz onde se lê: “Eu já sabia!!”

“O governo do PT será cobrado e criticado à direita e também à esquerda. À direita porque a oligarquia putrefata e seus ex-sócios da tecnocracia tucana não vão querer entregar facilmente a rapadura. E à esquerda, será criticado porque, finalmente, trata-se de um governo que, pela primeira vez na história do país, estará lá para resolver problemas. Todos os demais, como é sabido, lá estiveram para se locupletar dos cofres públicos.”
Impasses da candidatura Lula (21/09/2002 – Não publicado)

“Não se trata mais da era FHC, em que o requinte intelectual do príncipe somente serviu para mistificar aquilo que sempre foi um projeto de direita e anti-nacional. A traição de suas origens pelo PT seria isso sim de fato uma tragédia histórica.”
Antiestadunidismo (21/06/2003) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/04/antiestadunidismo-questo-do.html

“O poder cega os homens. Tira-lhes a humildade e o senso de medida, substituídos pela ambição desmedida e pela arrogância dos senhores da verdade. Tudo se torna aceitável e moralmente justificável. A instrumentalização da política, a luta de bastidores, a alternância das claques, as redes de interesses, o ‘jogo sujo’ das altas esferas.”
Lula ano 1 - O pulo do gato que saiu pela culatra (31/08/2003) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/04/o-pulo-do-gato-que-saiu-pela-culatra.html

“A oligarquia avançou um passo para recuar dois. Apoiou o PT para se aninhar em seu governo. Mudou na aparência para não mudar nada na essência. A máquina social brasileira continua girando com o sangue dos excluídos do campo e da cidade. Com a diferença de que agora é pilotada pelo PT”
O manifesto pelo resgate do PT (07/10/2003) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/04/o-manifesto-pelo-resgate-do-pt-na.html

“Porque aqui, acabamos de aprender amargamente, eleger um presidente não muda nada. Esse presidente continua sujeito a obedecer às políticas ditadas de fora por FMI, BID, OMC, ALCA, etc.. Pode-se mexer em qualquer coisa, menos no sacrossanto superávit primário exigido pelo ‘consenso’.”
Eu também quero votar para presidente dos EUA! (09/11/2003) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/04/eu-tambm-quero-votar-para-presidente.html

“Basta colocar em prática a bandeira tão burguesa e respeitável da ética e do combate à corrupção. Uma campanha maciça e consistente com esse escopo bastaria para defenestrar 99% da elite política tradicional brasileira. Campanha a que a mídia não teria como não aderir e que contaria com o apoio certo da opinião pública. A menos que o PT tenha ido longe demais nas conciliações, composições, conchavos, coalizões, alianças...”
Governo Lula, ano 1: anatomia da desilusão (26/01/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/04/governo-lula-anatomia-da-desiluso-o.html

“Finalmente está completo o perfil burguês do governo Lula. O escândalo de corrupção, a cereja do bolo que faltava, acaba de ser acrescentado. O primeiro escândalo de corrupção a gente nunca esquece (...).
A apresentação da corrupção em termos de falha de caráter pessoal só serve para a manutenção da política como monopólio das gangues partidárias. Por meio dessa forma demagógica de apresentação, cada gangue partidária pode fazer o marketing de ser mais honesta que a outra. Caçar marajás é uma das estratégias mais comuns. Ou, como isso não cola mais, fazer a caveira do inimigo quando está na oposição. E tentar se proteger como puder quando está no governo.”
O jogo, o bingo, o PT e os bichos (03/03/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/o-jogo-e-os-bichos-finalmente-est.html

“O tempo atual é de altas perplexidades e baixas negociatas. O caso Waldomiro Diniz deu à direita alojada no interior do governo Lula uma extraordinária mobilidade para barganhar cargos e verbas em troca do seu sempre periclitante ‘apoio’. A ocasião faz o ladrão. Cargos e verbas estratégicos para um bom posicionamento na disputa eleitoral do semestre que vem. No toma lá dá cá dos bastidores, as peças do xadrez se posicionam para a disputa das eleições municipais. Deus ajuda a quem cedo madruga.

Achado não é roubado. No jogo sujo dos bastidores, vale a técnica do bateu levou. Um acusa daqui, o outro acusa de lá, cada um buscando uma providencial gravação via grampo ou dossiê secreto. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.”
Quem não tem colírio usa óculos escuros (30/05/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/quem-no-tem-colrio-usa-culos-escuros_03.html

“Pode-se fazer qualquer coisa, e Lula tem feito, desde que não se desagrade o mercado. E com isso, tudo que Lula faz, vira e mexe, inventa e tenta, resulta em absolutamente nada. E continuará resultando em nada.”
Receita de mãe para o governo Lula (19/06/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/receita-de-me-para-o-governo-lula-por.html

“A lavagem de dinheiro e os paraísos fiscais são tão essenciais ao capitalismo terminal de hoje quanto o complexo industrial militar. Lavagem de dinheiro, predação financeira e Estado corrupto que nos levam de volta ao Brasil do desarmamento. Com a mesma presteza com que se recolhem os trabucos, garruchas, mosquetões e arcabuzes, alguém deveria recolher as canetas assassinas de presidentes do Banco Central que decretam juros asfixiantes e outras políticas econômicas homicidas.
Aí está o verdadeiro crime, a verdadeira violência da qual a sociedade deveria se proteger. Aí estão os marginais, aí está a bandidagem. Mesmo porque, aí está a chave para a perpetuação da miséria, da exclusão, da falta de oportunidades, que são o celeiro do crime de violência. As gangues de economistas com doutorado em Harvard são mais nefastas para o país que qualquer traficante do PCC.”
Desarmando os espíritos (17/08/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/desarmando-os-espritos-est-em-curso-uma.html

“A mídia aqui joga o jogo da classe dominante brasileira. A mesma classe dominante predadora, arqui-reacionária, preguiçosa, corrupta e covarde, que se encastela nos seus privilégios de mando feudal e se exime da sua parcela de responsabilidade histórica na tarefa de construir o país. A mesma que canibaliza até representantes da classe trabalhadora e os transforma, uma vez no governo, em defensores exemplares do modelo de exclusão. O modelo que sacramenta os privilégios feudais como uma espécie de cláusula pétrea da nossa sociabilidade, nem que para isso tenha que continuar condenando dezenas de milhões a não ter educação, saúde, habitação, segurança, etc...”
O Brasil vai ganhar as Olimpíadas? (23/08/2005) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/o-brasil-vai-ganhar-as-olimpadas-em.html

“Se o PT está disposto a ir até o ponto em que foi para sustentar Meirelles, alguma coisa há. Duas alternativas são possíveis. Ou não se imagina que é possível governar o país sem ele, o que seria uma admissão assustadora; ou estão todos no mesmo barco do amor ao ouro, o que seria também igualmente inadmissível. É possível aqui comentar apenas a primeira hipótese, já que a segunda é caso de polícia.”
Briga de foice no escuro (27/08/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/briga-de-foice-no-escuro-o-presidente.html

“As eleições de 2002 foram um evento no qual os eleitores realmente acreditaram que podiam mudar as coisas com o poder de seu voto. Deram expressiva votação ao ‘candidato da esperança’, o salvador da pátria de turno, e festejaram sua vitória, imaginando os dias melhores que certamente viriam. Mas é claro que quanto maior a altura, maior a queda. Quanto maior é a ilusão, pior é a desilusão. A esperança ficou com medo, as ilusões se esvaíram, a mudança não veio e instalou-se o pessimismo. O mesmo descrédito de sempre contaminou novamente a opinião popular.”
Vota Brasil. Pra quê? (04/10/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/vota-brasil-pra-qu-justia-eleitoral-est.html

“Não é para isso que o PT foi eleito? Se ele é o “Partido dos Trabalhadores”, isso significa que os partidos anteriores que nos governaram durante 500 anos eram todos o ‘Partido da Burguesia’. Se eles tiveram sua chance durante 500 anos, agora seria a vez dos trabalhadores tentarem sua receita. Tentassem atender as reivindicações dos trabalhadores. Ou será que o ‘Partido dos Trabalhadores’ mudou de nome para ‘Partido dos Banqueiros’, sem informar ninguém?”
A greve dos bancários de 2004 (08/10/2004) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/greve-dos-bancrios-o-ato-de-fazer-greve.html

“O partido existe para fazer cobranças e exercer o papel de ‘consciência crítica do governante’, explica o então candidato. Mas ‘o partido não pode abandonar o governante’, diz Lulla, como que já se antecipando ao que iria acontecer.”
"Entreatos" de João Moreira Salles (21/01/2005) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/entreatos-nome-original-entreatos.html

“Seria interessante confrontar a expectativa daqueles peões ali, no momento da eleição, com a avaliação que fariam hoje do governo Lulla. Isso seria porém um outro filme, uma obra de natureza completamente diferente daquela que temos em mãos. Mas mesmo assim, ‘Peões’ deixa algumas pistas. Outro entrevistado cita a promessa de campanha de Lulla: ‘Eu não vou governar para meia dúzia de banqueiros’. Diante da possibilidade do descumprimento da promessa, o entrevistado avisa, com sua objetividade tipicamente nordestina: se a promessa não for cumprida, ‘o bicho vai pegar’.”
"Peões" de Eduardo Coutinho (22/01/2005) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/pees-debate-sobre-os-filmes-da-campanha.html

“Algo como um potencial financiador de campanha indo propor negociatas escusas, oferecendo dinheiro em troca de favores do futuro governo; algo desse tipo permanece sendo uma eterna suposição de quem não tem acesso aos bastidores ‘reais’ de uma campanha.”
Debate sobre os filmes da campanha de Lulla em 2002 – parte I – Apresentação dos filmes (20/01/2005) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/debate-sobre-os-filmes-da-campanha-de.html

“Lulla acreditou que estaria sendo aceito, assimilado e metabolizado pela burguesia brasileira. Muito antes do que pudesse imaginar, está sendo excretado por ela. Chegamos então à conclusão de que o governo Lulla está sendo extremamente bem sucedido. Lulla chegou exatamente onde queria. Tudo o que Luís Inácio queria quando crescesse era ser igual a Collor de Melo, o reluzente candidato engendrado em tubo de proveta pela Globo, que o derrotou em 1989. Pois bem, Lulla conseguiu. Ele está cercado das mesmas companhias de Collor e está pondo em prática a política inaugurada por este pitoresco predecessor. Nada mais justo, em face desse retumbante progresso, do que homenagear Luís Inácio, como o leitor atento já terá percebido neste e nos demais textos, com o logotipo dos dois ‘ll’ colloridos que ele tanto se esforçou por merecer.”
Debate sobre os filmes da campanha de Lulla em 2002 – parte II – Conclusões políticas (25/01/2005) – http://politicapqp.blogspot.com/2007/05/debate-sobre-os-filmes-da-campanha-de_28.html

Daniel M. Delfino
19/06/2005

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